Foi desde cedo que Anabela cantou e teve paixão pela música. Rica na sua dupla cultura franco-portuguesa, desenvolveu rapidamente um gosto pronunciado por tudo o que se relaciona com a diversidade cultural. Participa em vários projetos em torno da música tradicional do mundo como acordeonista e cantora, depois decide reencontrar as suas origens desenvolvendo um projeto de Fado.

Com eLeZieLa FADO, ela mistura a sua voz com os sons das cordas de dois violões e, posteriormente, com as de um violino e um violoncelo, e leva-nos a uma viagem deliciosa, uma introspeção comovente no seio das suas raízes.

Se no início o encontro entre Sylvain e o Fado foi um acaso, hoje os dois parecem formar uma união sagrada.

Apesar de pianista convicto, este músico aberto e curioso decide assumir o desafio de aprender um novo instrumento face à sua paixão nascente pelo Fado. É por isso que o encontramos, em eLeZieLa, na guitarra rítmica clássica (viola de fado). Neófito do estilo, Sylvain inspirou-se muito em figuras históricas do Fado como Alfredo Marceneiro, Carlos do Carmo e sobretudo Amália Rodrigues para se aproximar o mais possível dos acompanhamentos instrumentais que descobriu. Depois de algumas experiências como autodidacta, mudou-se para Paris para completar a sua formação na Académie de Fado com Nuno Estevens.

Para mim, a música é antes de tudo cúmplice de uma visão de partilha, musical e humana!

Músico pedagogo, Mickael seguiu um caminho institucional tradicional no Conservatório de Grenoble. Depois de se formar em guitarra clássica, completou um curso de formação educacional duplo no CFMI em Lyon e CEFEDEM Rhône Alpes. Obteve o Diploma Estadual de professor de música e um Diploma Universitário de Músico que intervém na escola. Agora ensina guitarra no Conservatório de Radiação Comunitária na cidade de Saint Priest, na França.

Ao longo da sua vida artística multiplicou as experiências: dirigindo um conjunto de Soundpainting, improvisação livre, criando espetáculos para crianças em colaboração com uma atriz, guitarra clássica, canções de dueto francês. Hoje é com o eLeZieLa FADO que vive uma nova aventura musical: a do Fado de Lisboa.

Este pequeno tesouro de emoções e saudade levou Mickael a questionar a sua prática de guitarra. Trabalha para procurar sons e modos de jogo semelhantes aos do fado tradicional.

Desde a primeira vez que ouve Mariza, o fado cativa Ibet mas esta paixão permanece enterrada durante anos. Em 2015, aventurou-se num primeiro projeto de Fado como parte dos seus estudos no CEFEDEM em Lyon e mesmo que seja efémero, este projeto faz com que dê os primeiros passos nesta grande pesquisa de modos de jogo e traços melódicos que são próximos da guitarra portuguesa. Hoje, continua com o eLeZieLa FADO o trabalho iniciado por Mickael REPLAT no papel delicado da guitarra portuguesa. Ela assume o som e as formas de improvisá-lo, enquanto enriquece as suas improvisações com o seu legado como músico clássico cubano.

Guitarrista e professor, Ibet completou a sua formação clássica no Instituto Superior de Artes de Havana (Cuba) e depois na Universidade de Alicante (Espanha). Com o seu forte gosto pelas viagens e pela diversidade musical, interessou-se pela música tradicional desde tenra idade, muito antes de se atrever a tocá-las. Voar da sua terra natal permitiu-lhe finalmente redescobrir a música popular de Cuba e até o vasto mundo sonoro da América Latina graças às formações a que se juntou à sua chegada a França em 2012 “Son de cubana” e trio Kukis (música das planícies venezuelanas).

Responder ao canto de Anabela com o violino permite-me destacar emoções que nos tocam todos, através do Fado

Desde muito jovem, Juliette abordou a música através do canto. Então, rapidamente, foi o seu violino que começou a cantar.

A sua paixão pela música tradicional e pelo canto natural levou-a ao Fado e ao grupo eLeZieLa: respondeu ao apelo de Anabela em 2020 para integrar a fórmula quinteto do eLeZieLa e ecoar o canto da sua voz com um violino por vezes rítmico, por vezes melódico, num diálogo sensível com o violoncelo e a guitarra.

Depois de uma licenciatura em violino clássico no conservatório da região de Lyon, Juliette toca em muitas formações, tanto em orquestra como em música de câmara. Depois, rapidamente diversificou as suas práticas, através da música tradicional europeia e da prática vocal no coro. Hoje, alimenta-se da sua própria prática artística para ensinar violino e prática em conservatórios, e dá vida à música em palco.

Músico completo e eclético, participa em muitos projetos artísticos e está agora no violino para acompanhar cantores, por vezes no papel de cantor, como no espetáculo no trio vocal e contrabaixo “Les Pipelettes s’en mêlent” (criação musical humorística e teatral), mas também como melodista no violino em várias formações musicais tradicionais como La Bande à Balk ou Ciocolată (música tradicional dos Balcãs) ou Banitsa (música búlgara).

Marceau é um músico e artista completo e curioso, aberto a qualquer forma de estética, interessado sobretudo no encontro humano por trás de cada projeto musical. É com entusiasmo que incorpora o grupo eLeZieLa FADO na sua fórmula quinteto em 2020, um projeto com novos sabores e que colore desde este Fado com nuances subtis com a ajuda do seu violoncelo.

Licenciado em estudos de violoncelo musical obtidos na National School of Music em Villeurbanne em 2013, Marceau ingressou na turma de Hélène Dautry na Alfred Cortot Normal School, em Paris, e obteve uma licenciatura em performance.

A sua atividade musical gira em torno de várias formações, como o sexteto, o trio ou a dupla, que vão da música balcânica ao pop trad através da música experimental acústica e clássica (Bezzib / BOBi / LaHoule).

Em 2017, fundou a Companhia “Building a Fire” com Ali Lounis-Wallace e Charles Pommel e encenou dois espetáculos híbridos entre teatro, música, dança e instalação plástica. Participa regularmente em outras criações teatrais nas quais propõe as suas qualidades como músico/compositor.